Agência Brasil * - São Paulo
A cidade de São Paulo estima que o carnaval de rua de 2020 será o maior de sua história e contando com isso inaugura a festa com blocos já tradicionais que devem levar milhares de moradores e turistas para a rua. Para abrir o período oficial de carnaval, há blocos para todos os gostos e preferências.
Neste sábado (22), desfila a partir das 11h, o Tarado Ni Você, se concentra na avenida São João, seguindo pela avenida Ipiranga, Praça da República, avenida São Luis, rua Xavier de Toledo, Praça Ramos de Azevedo, rua Conselheiro Crispiniano, Largo do Paissandu e dispersando na avenida São João. Presente nas ruas de São Paulo desde 2014, o bloco nasceu da ideia de reviver o Carnaval de marchinhas, explorando a discografia de Caetano Veloso.
No mesmo horário o Urubó, idealizado em 2010 por jovens moradores da região da Freguesia do Ó, na zona norte, resgata as marchinhas de carnaval. A folia, que mistura Urubus com Ó’s, atrai pessoas de todas as idades, sai do Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, sentido avenida Itaberaba, rua da Bica, rua Coronel Tristão, com dispersão no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó.
Quem embala crianças e adultos, com canções de diferentes estilos, incluindo composições internacionais, é o Bloco Urobózinho. Proveniente do Bloco Urubó, o grupo segue a mesma proposta: a de garantir divertimento ao bairro Freguesia do Ó, zona norte da capital. A concentração está marcada para as 9h, no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó. Outro bloquinho infantil, o Wadaiko Sho, ocupa as ruas da Vila Mariana, das 16h30 às 19h.
Outro destaque de sábado é o tradicional Grupo Maracatu Bloco de Pedra, que, desde 2005, encanta o público com danças, cantos e percussões próprias do Maracatu de Baque Virado, expressão da cultura popular brasileira. Honrando os brincantes que originaram os cortejos de Pernambuco, o grupo parte da Rua Cipriano Jucá para a Rua Wisard, em uma travessia de quatro horas, das 13h às 17h.
A partir das 14h, a avenida Ipiranga cede lugar para o bloco criado por um grupo de amigos que queria pular o carnaval vestidos de drag queen no Minhocão. Regado ao som de pop nacional e internacional das maiores divas do mundo, o MinhoQueens faz a festa no centro da cidade, passando pela Praça da República, avenida São Luis, rua Coronel Xavier de Toledo, Praça Ramos de Azevedo e dispersando em frente ao Shopping Light.
Com a proposta de liberar a diversidade e agradar a todos, o Agrada Gregos, começa às 14h, na avenida Pedro Álvares Cabral, com música pop, axé, funk e sertanejo para os foliões que aproveitam o momento para se fantasiar de deus e deusas gregos. A ideia é respeitar o outro e dançar até o final, na Praça Armando Sales de Oliveira.
No domingo (23), a alegria começa ao meio dia, na avenida Ipiranga, com o Explode Coração, que leva para o carnaval de rua a homenagem à cantora Maria Bethânia. O bloco convida toda a família a ouvir as canções da rainha do bloco, enquanto percorre as ruas do Centro passando pela Praça da República, avenida São Luis, rua Coronel Xavier de Toledo e a Praça Ramos de Azevedo.
Logo depois, às 13h, no Obelisco do Ibirapuera, a música sertaneja marca presença na folia paulistana com o cantor Michel Teló e seu bloco Bem Sertanejo, que traz mais uma vez à cidade músicas famosas como “Ai Se Eu Te Pego”, “Fugidinha” e “Humilde Residência”.
Preparado para atender demandas específicas da primeira infância, o Bloco Berço Elétrico estava previsto para abrir o dia, mas adiou as atividades para este domingo, no horário de 10h às 14h. Conforme divulgou na quinta-feira (20), em seu perfil no Instagram, o bloco teve que suspender os planos por força de uma ação civil pública que pedia o cancelamento do evento. O local escolhido para a concentração, a Praça Horário Sabino, no bairro Pinheiros, foi mantido.
Às 14h, em Campos Elíseos, o Bloco Afro Ilú Obá de Min, desfila pela quarta vez, representando a luta feminina, ao som de tambores oferecidos a Xangô, orixá cultuado por religiões de matriz africana que significa deus da justiça, dos raios, trovões e do fogo. O coletivo se baseia na arte e preservação da cultura de matriz africana e afro-brasileira para empoderar mulheres para enfrentamento do racismo, machismo e lesbofobia. O trajeto do bloco passa pela alameda Barão de Piracicaba, rua Ribeiro da Silva, alameda Cleveland, alameda Nothmann, rua Dino Bueno, rua Ribeiro da Silva, voltando para a alameda Cleveland, onde se dispersa.
Na segunda-feira (24), a comemoração começa às 10h com a Espetacular Charanga do França, na Vila Buarque. Um dos bloquinhos mais famosos de São Paulo, a Charanga do França leva um desfile afinadíssimo para os foliões com instrumentos de sopro e percussão, unindo influências do jazz e tradições afro-brasileiras. O azul e o prata passeiam pela rua Imaculada Conceição, rua Barão de Tatuí, rua Jaguaribe, rua Martim Francisco, rua Frederico Abranches e largo de Santa Cecília.
Já o Esfarrapado, que também se concentra às 10h, percorre as ruas da Bela Vista, ao com do samba paulistano com marchinhas e sambas enredo da escola de samba do bairro, a Vai-Vai. A folia atrai jovens, idosos e crianças que seguem a música pela rua Treze de Maio, Conselheiro Carrão, Almirante Marquês de Leão, Una, Rocha, Praça 14 Bis, passando pela rua Manoel Dutra, rua Maria José, avenida Brigadeiro Luis Antonio, rua Major Diogo e Santo Antônio, finalizando onde começou.
Também às 10, o Forrozim, com Mariana Aydar, celebra a comunidade e a música nordestina em todas as suas vertentes. Do trio elétrico, a cantora paulista leva um repertório de músicas autorais e hinos de artistas como Gilberto Gil, Alceu Valença, Elba Ramalho e outros nomes do forró e do baião. O frevo e o forró colorem a avenida Ipiranga, passam pela Praça da República, avenida São Luis, rua Coronel Xavier de Toledo e a Praça Ramos de Azevedo.
Na terça-feira de Carnaval, o Galo da Madrugada, se reúne pela primeira vez em São Paulo, na avenida Pedro Álvares Cabral, na Vila Mariana, às 9h. Um dos mais famosos blocos de carnaval do mundo, o Galo arrasta multidões no maior carnaval do mundo, em Recife, promete levar uma legião de foliões para a festa ao lado de um dos principais cartões postais da capital paulista.
Ao meio dia, o Pagu, formado apenas por mulheres, vai às ruas do Centro para lutar pela igualdade de gênero. Com uma bateria 100% feminina, as intérpretes cantam clássicos da MPB conhecidos pelas vozes de cantoras importantes na história musical do país. O percurso começa na avenida Ipiranga com a avenida São João, passa pela Praça da República, avenida São Luís, rua Coronel Xavier de Toledo, Praça Ramos, para terminar no Shopping Light.
Clique aqui e veja outros blocos de carnaval de rua em São Paulo.