O Congresso Nacional aprovou o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado pela equipe econômica do governo federal, que prevê a correção do salário mínimo dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.088 a partir de janeiro.
Para o advogado e economista Alessandro Azzoni não houve um aumento real. Segundo ele o cálculo do reajuste leva em conta a estimativa da inflação acumulada do ano de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 4,1%.
"Cada um real gasto no aumento do salário mínimo impacta aproximadamente, nas contas do governo, em R$ 355 milhões. O piso básico dos benefícios da Previdência Social é atrelado ao valor do salário mínimo. O abono salarial e o seguro desemprego também. Então, essa conta que o governo faz na verdade é um reajuste em cima do que ele tem que provisionar de aumento de despesas públicas", afirmou.
Mudança nos hábitos de consumo
O professor explica que, com a pandemia, o perfil do consumidor ficou mais racional, mas que a compra por impulso nunca deixará de ser fomentada. "O que mudou é a nossa consciência nesse tipo de compra. Quando você faz uma compra pela internet, você quebra esse impulso, o processo online faz você pensar e refletir antes de comprar", explica. Ele também enaltece que a indexação de preços tem reflexos no aumento de gastos das famílias.
Cenário econômico em 2021
O economista Alessandro Azzoni acredita em um cenário de recuperação econômica para 2021 com crescimento do PIB e a volta gradual de vagas no mercado de trabalho.
Segundo o especialista o que vai determinar o crescimento para 2021 é a expectativa de segurança. "Eu acredito que 2021 será um ano muito bom, de recuperação, com esperança e uma retomada, até porque, se formos analisar antes da pandemia, a previsão para o Brasil em 2020 era boa", finaliza.
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22/12/2020 13H23