Por meio de plataforma online, alunos entre 30 e 50 anos poderão realizar atividades físicas em casa

A Organização Não Governamental (ONG) Instituto Sempre Movimento, inova mais uma vez na implantação de atividades físicas, realizadas à distância, para pessoas em situação de vulnerabilidade social em diversos pontos do país. Após lançar a bem sucedida ação "Envelhecer Sustentável", voltado a população idosa, é a vez do público entre 30 e 60 anos participar do projeto "Saúde em Movimento" . A ação é totalmente gratuita.

Devido ao longo período de isolamento social em virtude da pandemia causada pela Covid-19, muitas pessoas ficaram sem acesso a equipamentos gratuitos de promoção à saúde, como pistas de caminhada, quadras e ginásios. "A pandemia tirou a oportunidade das pessoas praticarem exercícios para manter a saúde em dia. Isso foi ainda mais grave nas comunidades periféricas de todo país. Por isso, criamos o programa "Saúde em Movimento", para oferecer a oportunidade a todos que pretendem levar uma vida saudável sem sair de casa", comenta Amanda Costa, diretora do Instituto Sempre Movimento.

O projeto conta com 6 professores e, atualmente, já está presente em 18 cidades no Brasil, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Marambaia (PA), Jaboatão dos Guararapes (PE), entre outras. As aulas ocorrem às terças e quintas-feiras, às 14h, com orientação remota de um professor especializado. Para ter acesso as atividades físicas, os participantes precisam se conectar à internet em casa e acompanhar as aulas pelo computador ou celular. No dia e horário marcados, basta o participante clicar no link que receber e participar da aula com atividades físicas.

Antes do início das aulas, o Instituto Sempre Movimento oferecerá aos alunos avaliação prévia chamada "Health Analytics", com equipe preparada, para entender as demandas físicas e clínicas, além de determinar pontos para análise de evolução nos quesitos de saúde. "É muito importante entendermos as necessidades de cada um, pois dessa forma, conseguiremos oferecer um atendimento mais personalizado que mexa com ponteiros sociais de saúde e com foco nos resultados esperados por todos", finaliza Amanda.

Pandemia e Sedentarismo

A pandemia também acarretou efeitos catastróficos na prática regular de atividades físicas da população. De acordo com um artigo publicado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP), o sedentarismo pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

Em termos econômicos, o sedentarismo gera gastos de R﹩ 3,2 bilhões ao ano no Sistema Único de Saúde (SUS). A inatividade física é o quarto maior fator de risco para a mortalidade precoce por todas as causas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Calcula-se que a falta de exercícios regulares é responsável por 6% das doenças cardíacas coronárias; 7% do diabetes tipo 2; 10% do câncer de mama e 10% do câncer de cólon.