Morreu o presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil,
montagem e manutenção industrial (Sintracomos) de Santos e região, ‘Macaé’
Marcos Braz de Oliveira.
Ele estava internado por covid-19, desde 22 de março, na Santa Casa de
Santos. Na madrugada do dia 23, foi para a unidade de tratamento intensivo
(uti), onde passou a respirar por catéter e depois por máscara.
Dois dias depois, foi intubado e assim permaneceu até 23 de abril, quando
melhorou e voltou a respirar por meio de máscara de oxigênio, dando visíveis
sinais de melhora.
O sindicalista resistiu até a manhã desta segunda-feira (17).  O velório
será das 12 às 14 horas, na Santa Casa, e o enterro, às 14 horas, no
cemitério da Areia Branca.
No começo do mês, Macaé apresentou melhoras e os médicos reduziram os
sedativos. Mas ele teve paradas cardíacas e comprometimento dos rins.


Coordenador
da Força Sindical

Macaé também era coordenador regional da central Força Sindical e foi
reeleito para o quarto mandato de presidente do sindicato em 18 de outubro
de 2019.
A posse foi em 12 de fevereiro de 2020, com mandato até 11 de fevereiro de
2024. Seu vice, Ramilson Manoel Elói, assumiu a presidência em meio a uma
greve de terceirizados na refinaria de Cubatão.
Macaé foi presidente do Sintracomos pela primeira de 1998 a 2000, quando
assumiu no falecimento do presidente José Luiz de Melo. Em 2012, foi eleito
presidente, função que exerceu até sua morte.
Desde quando entrou na diretoria, em 1989, como suplente, passou por vários
cargos, entre eles tesoureiro, vice-presidente e diretor de patrimônio.
Macaé também era tesoureiro da Feticom (federação estadual dos trabalhadores
nas indústrias da construção e do mobiliário do estado de São Paulo), que
tem 76 anos de lutas.


Comoção
no sindicalismo

O sindicalista nasceu em Recife (PE), em 8 de fevereiro de 1958, mas foi
para a cidade fluminense de Nilópolis, aos seis meses de idade. Aos 12 anos,
começou a trabalhar na feira livre, com frutas e verduras.
Aos 14, filho de operário do mesmo ramo, que trabalhou na construção da
Cosipa, virou ajudante de serralheiro. E, aos 16, conseguiu registro em
carteira, como montador de serralheria.
Foi para o serviço militar obrigatório do Exército aos 18 anos, de onde saiu
para trabalhar naquela que seria sua profissão definitiva: montador
industrial.
É grande a comoção entre seus companheiros de diretoria, funcionários do
sindicato e no movimento sindical da região, onde Macaé tem muitos amigos.
Deixa esposa e dois filhos.