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03/06/2021 11H03
Não há espécies em extinção dentre as identificadas em Amparo, Serra Negra e Socorro. Preservação da vegetação é crucial para a sobrevivência de mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
A Coordenadoria de Meio Ambiente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) realizou a catalogação da fauna da área dos imóveis das suas unidades de lazer dos municípios de Amparo, Serra Negra e Socorro, no interior paulista. "Nosso propósito é o de conhecer melhor as condições ecológicas das propriedades, visando preservar a natureza e garantir sua sustentabilidade", observa Álvaro Gradim, presidente da entidade.
O trabalho foi realizado pela Pró Ambiente - Assessoria Ambiental, que constatou não haver espécies ameaçadas de extinção dentre as catalogadas nas áreas da três unidades de lazer. Segundo os especialistas dessa empresa, a fauna tem grande importância na manutenção dos ecossistemas florestais, por disseminar sementes e manter o equilíbrio ecológico. Conhecê-la auxilia na conscientização, preservação e respeito ao meio ambiente pelas pessoas.
Amparo
A área da unidade de lazer local localiza-se no bairro Bocaina, com acesso pela Rodovia Professora Pedrina Maria da Silva Valente. O imóvel tem 200 mil metros quadrados, em cuja maioria há vegetação nativa com fragmento florestal bem preservado, entremeado a pinus e eucaliptos. Apenas 20 mil metros quadrados são utilizados para área construída e atividades de lazer da unidade.
No âmbito da herpetofauna, que abrange répteis e anfíbios, foram identificadas seis espécies. O Sapo-cururu-grande (Rhinella schneideri) foi a mais abundante. A Perereca-de-inverno (Boana bischoffi) e Perereca-martelinho (Boana lundii) encontraram-se nas áreas com recursos hídricos. Há, ainda, a Perereca-raspa-cuia (Scinax fuscovarius), Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata) e Calango (Tropidurus torquatus).
Quanto à mastofauna, referente aos mamíferos, encontraram-se cinco espécies: Ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis); Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita); Quati (Nasua nasua); Sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata); e Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). As que apresentaram maior número de indivíduos foram o quati e o sagui.
No tocante à avifauna, são 67 espécies. As mais abundantes foram a Gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus) e Rolinha-roxa (Columbina talpacoti). Também muito presentes, o Periquito-de encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) e o Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus).
Serra Negra
O acesso à unidade de lazer local é pela Rodovia Engenheiro Constantino Cintra, no quilômetro 159. Da área total do imóvel, de 580 mil metros quadrados, 67 mil são utilizados para hospedagem e lazer dos associados.
Dentre as nove espécies identificadas na herpetofauna, a Pererequinha-ampulheta (Dendropsophus minutus) e a Perereca-cabrinha (Boana albopunctata) foram as mais abundantes quanto ao número de indivíduos registrados. A Perereca-raspa-cuia (Scinax fuscovarius) e o Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata) foram as que registraram a maior ocupação de área em relação aos locais avaliados.
Na mastofauna, catalogaram-se seis espécies. O Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) e o Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) foram as com maior número de indivíduos registrados na área. Também foram as que tiveram maior ocupação de área. As demais são as seguintes: Capivara (Hydrochoerus hydrochaeri); Paca (Cuniculus paca); Cuniculus paca (Mazama americana); e Tatu-galinha (Dasypus novemcinctu).
Quanto à avifauna, identificaram-se 93 espécies, sendo as mais abundantes a Andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca), Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri), Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus) e Rolinha-roxa (Columbina talpacoti). Também muito presentes, o Tangará (Chiroxiphia caudata), Saracura-do-mato (Aramides saracura), Choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens), Graúna (Gnorimopsar chopi), Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) e Trinca-ferro (Saltator similis).
Socorro
O acesso à unidade de lazer da AFPESP dá-se pela Estrada Municipal da Pompeia. O imóvel possui 26,8 hectares, cuja maioria é constituída de grandes trechos de área permeável, com presença de fragmentos de vegetação formando corredores ecológicos.
Na herpetofauna, foram catalogadas seis espécies. A mais abundante foi a Pererequinha-ampulheta (Dendropsophus minutus). As com menor amostragem referem-se às de hábitos solitários, como a cobra Falsa-coral (Oxyrhopus guibei). Também foram encontradas a Perereca-cabrinha (Boana albopunctata) e Pererequinha-ampulheta (Dendropsophus minutus).
No âmbito da mastofauna, foram cinco espécies, sendo o Macaco-prego-amarelo (Sapajus libidinosus) e a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) as que apresentaram o maior número de indivíduos registrados no imóvel. O Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) foi a que teve registros em mais de uma área amostral. A Irara (Eira barbara) foi a única espécie carnívora registrada.
Na avifauna, catalogaram-se 62 espécies, a maioria onívoras e insetívoras. O registro de 26% das aves semidependentes de ambientes florestais indica que há na região áreas florestadas e ricas em diversidade. Garça (Ardea alba), Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris); Avoante (Zenaida auriculata); Tuim (Forpus xanthopterygius); Sabiá-barranco (Turdus leucomelas); Saracura-do-mato (Aramides saracura); João-de-barro (Furnarius rufus); Garibaldi (Chrysomus ruficapillus); Socozinho (Butorides striata); Pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis); Carcará jovem (Caracara plancus); Saí-azul (Dacnis cayana); e Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros).
Árvores catalogadas em Lindóia
Com o mesmo propósito de preservação ambiental e conscientização ecológica, a AFPESP catalogou as árvores existentes na área da unidade de lazer de Lindóia. Foram afixadas plaquinhas com QR Code em 21 delas, com a identificação das espécies.
No local, há 400 árvores, mas muitas estão em um morro, sendo pouco acessíveis. Então, apenas as localizadas no entorno dos chalés e áreas comuns receberam a identificação, com informações como o nome, tipo e região original.
Sobre a AFPESP
A Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) é uma entidade sem fins lucrativos e direcionada ao bem-estar dos servidores civis estaduais, municipais e federais atuantes do território paulista. Fundada há oito décadas, é a maior instituição associativa da América Latina, com mais de 244 mil associados.
Está presente em mais de 30 cidades. Tem sede e subsede social no centro da capital paulista, 20 unidades de lazer com hospedagem em tradicionais cidades turísticas litorâneas, rurais e urbanas de São Paulo e Minas Gerais, além de 16 unidades regionais distribuídas estrategicamente no Estado de São Paulo.
O trabalho foi realizado pela Pró Ambiente - Assessoria Ambiental, que constatou não haver espécies ameaçadas de extinção dentre as catalogadas nas áreas da três unidades de lazer. Segundo os especialistas dessa empresa, a fauna tem grande importância na manutenção dos ecossistemas florestais, por disseminar sementes e manter o equilíbrio ecológico. Conhecê-la auxilia na conscientização, preservação e respeito ao meio ambiente pelas pessoas.
Amparo
A área da unidade de lazer local localiza-se no bairro Bocaina, com acesso pela Rodovia Professora Pedrina Maria da Silva Valente. O imóvel tem 200 mil metros quadrados, em cuja maioria há vegetação nativa com fragmento florestal bem preservado, entremeado a pinus e eucaliptos. Apenas 20 mil metros quadrados são utilizados para área construída e atividades de lazer da unidade.
No âmbito da herpetofauna, que abrange répteis e anfíbios, foram identificadas seis espécies. O Sapo-cururu-grande (Rhinella schneideri) foi a mais abundante. A Perereca-de-inverno (Boana bischoffi) e Perereca-martelinho (Boana lundii) encontraram-se nas áreas com recursos hídricos. Há, ainda, a Perereca-raspa-cuia (Scinax fuscovarius), Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata) e Calango (Tropidurus torquatus).
Quanto à mastofauna, referente aos mamíferos, encontraram-se cinco espécies: Ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis); Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita); Quati (Nasua nasua); Sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata); e Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). As que apresentaram maior número de indivíduos foram o quati e o sagui.
No tocante à avifauna, são 67 espécies. As mais abundantes foram a Gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus) e Rolinha-roxa (Columbina talpacoti). Também muito presentes, o Periquito-de encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) e o Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus).
Serra Negra
O acesso à unidade de lazer local é pela Rodovia Engenheiro Constantino Cintra, no quilômetro 159. Da área total do imóvel, de 580 mil metros quadrados, 67 mil são utilizados para hospedagem e lazer dos associados.
Dentre as nove espécies identificadas na herpetofauna, a Pererequinha-ampulheta (Dendropsophus minutus) e a Perereca-cabrinha (Boana albopunctata) foram as mais abundantes quanto ao número de indivíduos registrados. A Perereca-raspa-cuia (Scinax fuscovarius) e o Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata) foram as que registraram a maior ocupação de área em relação aos locais avaliados.
Na mastofauna, catalogaram-se seis espécies. O Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) e o Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) foram as com maior número de indivíduos registrados na área. Também foram as que tiveram maior ocupação de área. As demais são as seguintes: Capivara (Hydrochoerus hydrochaeri); Paca (Cuniculus paca); Cuniculus paca (Mazama americana); e Tatu-galinha (Dasypus novemcinctu).
Quanto à avifauna, identificaram-se 93 espécies, sendo as mais abundantes a Andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca), Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri), Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus) e Rolinha-roxa (Columbina talpacoti). Também muito presentes, o Tangará (Chiroxiphia caudata), Saracura-do-mato (Aramides saracura), Choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens), Graúna (Gnorimopsar chopi), Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) e Trinca-ferro (Saltator similis).
Socorro
O acesso à unidade de lazer da AFPESP dá-se pela Estrada Municipal da Pompeia. O imóvel possui 26,8 hectares, cuja maioria é constituída de grandes trechos de área permeável, com presença de fragmentos de vegetação formando corredores ecológicos.
Na herpetofauna, foram catalogadas seis espécies. A mais abundante foi a Pererequinha-ampulheta (Dendropsophus minutus). As com menor amostragem referem-se às de hábitos solitários, como a cobra Falsa-coral (Oxyrhopus guibei). Também foram encontradas a Perereca-cabrinha (Boana albopunctata) e Pererequinha-ampulheta (Dendropsophus minutus).
No âmbito da mastofauna, foram cinco espécies, sendo o Macaco-prego-amarelo (Sapajus libidinosus) e a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) as que apresentaram o maior número de indivíduos registrados no imóvel. O Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) foi a que teve registros em mais de uma área amostral. A Irara (Eira barbara) foi a única espécie carnívora registrada.
Na avifauna, catalogaram-se 62 espécies, a maioria onívoras e insetívoras. O registro de 26% das aves semidependentes de ambientes florestais indica que há na região áreas florestadas e ricas em diversidade. Garça (Ardea alba), Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris); Avoante (Zenaida auriculata); Tuim (Forpus xanthopterygius); Sabiá-barranco (Turdus leucomelas); Saracura-do-mato (Aramides saracura); João-de-barro (Furnarius rufus); Garibaldi (Chrysomus ruficapillus); Socozinho (Butorides striata); Pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis); Carcará jovem (Caracara plancus); Saí-azul (Dacnis cayana); e Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros).
Árvores catalogadas em Lindóia
Com o mesmo propósito de preservação ambiental e conscientização ecológica, a AFPESP catalogou as árvores existentes na área da unidade de lazer de Lindóia. Foram afixadas plaquinhas com QR Code em 21 delas, com a identificação das espécies.
No local, há 400 árvores, mas muitas estão em um morro, sendo pouco acessíveis. Então, apenas as localizadas no entorno dos chalés e áreas comuns receberam a identificação, com informações como o nome, tipo e região original.
Sobre a AFPESP
A Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) é uma entidade sem fins lucrativos e direcionada ao bem-estar dos servidores civis estaduais, municipais e federais atuantes do território paulista. Fundada há oito décadas, é a maior instituição associativa da América Latina, com mais de 244 mil associados.
Está presente em mais de 30 cidades. Tem sede e subsede social no centro da capital paulista, 20 unidades de lazer com hospedagem em tradicionais cidades turísticas litorâneas, rurais e urbanas de São Paulo e Minas Gerais, além de 16 unidades regionais distribuídas estrategicamente no Estado de São Paulo.