Entre sete setores, alimentação, lazer e cultura têm retração

Levantamento realizado pela Geofusion, empresa de inteligência geográfica, aponta que o varejo que mais se expandiu nos shoppings do país foi o voltado para os artigos do lar, com aumento de 11,13% no número de lojas, em relação a 2020. A pesquisa leva em consideração unidades localizadas nos oito principais estados do país.

Também tiveram crescimento em total de pontos de venda os setores de conveniência e serviços (9,89%), cuidados pessoais (9,34%); artigos diversos (5,11%) e moda (1,76%). O mesmo estudo também mostra uma retração do segmento alimentação (-2,49%) e lazer e cultura (-0,68%).

- A reabertura do comércio físico ainda segue a lógica do período mais intenso da pandemia. O consumidor continua investindo na melhoria de sua residência, o que reflete no aumento de lojas desse segmento nos shoppings - avalia Susana Figoli, diretora de Inteligência de Mercado na Geofusion.

A pesquisa também traz um recorte dos estados. São Paulo segue a tendência nacional, com a maior abertura de lojas de artigos do lar (19,90%) e setor de alimentação com queda (-8,55%). No Rio de Janeiro, todos os setores registraram um aumento do número de pontos de vendas em shoppings: o maior foi do setor de cuidados pessoais (12,53%), e o menor, o de cultura e lazer (1,13%).

Na contramão dos demais estados, os shoppings de Minas Gerais tiveram mais abertura de lojas dedicadas à cultura e lazer (+15,09%), enquanto o segmento artigos do lar teve queda de lojas em funcionamento (-4,40%). No Distrito Federal, só o setor de cultura e lazer teve aumento do número de pontos de venda (13,16%), e o segmento de artigos diversos teve queda de -8,33% no número de lojas.

No Paraná, houve queda do número de lojas de todos os setores, com exceção de moda (3,39%) e cuidados pessoais (3,12%). Já o Ceará teve aumento de lojas de todos os setores, com crescimento substancial nas categorias artigos do lar (38,37%), lazer e cultura (33,33%) e conveniência e serviços (21,30%). A Bahia também teve alta em todos os segmentos, com destaque para artigos do lar (22,62%), conveniência e serviços (22,17%) e artigos diversos (14,46%).

Já no Amazonas, apenas o setor de cuidados pessoais registrou queda de 6,78% no número de lojas em shoppings. Por sua vez, os maiores crescimentos foram observados em artigos diversos (12,98%) e artigos do lar (12%).