O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), não mandará, pelo
menos nesta quinta-feira (1º), projeto de lei (pl), à câmara, estabelecendo
o reajuste salarial de 2% na data-base de fevereiro, mais 1% em agosto, para
11 mil servidores.
Pelo menos foi isso que o secretário municipal de gestão, Carlos Teixeira
Filho ‘Cacá’, disse ao presidente do sindicato dos servidores estatutários
de Santos, Fábio Marcelo Pimentel, no final da tarde de quarta-feira (28).
O sindicalista telefonou para o secretário após se reunir com o presidente
da câmara, Adilson dos Santos Júnior (PTB), também na tarde de quarta-feira,
para pedir apoio dos vereadores à rejeição da proposta da prefeitura,
conforme assembleia na semana passada.
Fábio ouviu do presidente do legislativo que a maioria dos vereadores não
está disposta a aprovar um projeto de lei nos termos propostos pelo
prefeito, justamente por terem sido recusados em assembleia.
Adilson ponderou ao sindicalista que, em 2017, os parlamentares foram muito
criticados pelos servidores, por terem aprovado um projeto de lei baseado em
itens recusados pela categoria, enquanto a prefeitura teria saído menos
prejudicada do episódio.
“O que Adilson quis dizer é que o legislativo dificilmente correrá de novo o
mesmo erro, servido de para-raios em relação à ira dos servidores, aliviando
o lado do prefeito”, interpreta Fábio. O sindicalista tem impressão
semelhante em relação ao executivo.
“Acho que a prefeitura tentará esgotar a campanha salarial deste ano em mesa
de negociação, evitando atritos com o funcionalismo”, diz o presidente do
Sindest. “Nossa diretoria espera que Adilson e Cacá mantenham seus pontos de
vista”.
Segundo Fábio, Cacá e Adilson estarão reunidos na tarde desta quinta-feira
(1º), antes da sessão ordinária do legislativo marcada para as 18 horas:
“Acompanharemos essa reunião, de perto ou de longe, para definir os próximos
passos da luta”.


Santos
Sindest propõe ‘estado de greve’
de servidor e paralisações setoriais

Em assembleia marcada para a noite de terça-feira (6), a diretoria do
sindicato dos servidores municipais estatutários de Santos proporá ‘estado
de greve’, precedida de paralisações setoriais, para pressionar a prefeitura
a melhorar a proposta do acordo salarial deste ano.
O presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, quer “deixar claro ao
poder executivo que a greve poderá ser decretada a qualquer momento”. Em
assembleia na sexta-feira (23), a categoria recusou 2% de reajuste na
data-base de fevereiro, mais 1% em agosto.
Sem ter ainda claro quando poderá ser decretada a greve, o presidente do
Sindest defende que as paralisações setoriais comecem já na semana que vem,
após a assembleia de terça-feira: “Paralisaremos todos os setores, um por
um, conscientizando o pessoal para a greve”.
A proposta da prefeitura recusada em assembleia estabelece correção de 3% na
cesta-básica de R$ 263 e outros 3% no auxílio-alimentação de R$ 422. O
sindicato contrapropõe reajuste salarial de 3% em fevereiro e 2% em julho,
além de 100% na cesta e na alimentação.

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