Estudo do Instituto Semesp mostra que participação feminina aumentou 1,4% na última década O Semesp divulgou nesta segunda-feira (7), véspera do Dia Internacional das Mulheres, um estudo do Instituto Semesp que mostra que, em 2020, o Brasil contabilizou mais de 5 milhões de mulheres matriculadas no ensino superior, em cursos de graduação, presenciais ou EAD, o que representa 57,9% do total de alunos. Essa participação aumentou 1,4% na última década, sendo a rede privada a maior responsável por esse aumento. O estudo do Instituto Semesp aponta ainda que a maioria dos alunos que concluíram o ensino superior no Brasil, em 2020, é composta por mulheres (60%). “Estamos assistindo a mudanças importantes, que devem ser consideradas”, afirmou a presidente do Semesp, Lúcia Teixeira (Foto). “O crescimento da participação das mulheres no ensino superior tem feito com que a ocupação feminina nos cargos de liderança tenha se tornado mais comum.” Apesar de a maioria dos docentes que lecionam no ensino superior brasileiro serem homens, a participação das mulheres nesse mercado vem aumentando segundo o levantamento. Na última década, o percentual passou de 45,0% para 46,8% (aumento de 1,8 ponto percentual), ocasionado principalmente pela contratação de professoras na rede privada. Já entre os funcionários técnico-administrativos, 55% são mulheres. De forma geral, considerando docentes e funcionários-administrativos, em 10 anos, o percentual de mulheres atuantes no ensino superior ultrapassou o de homens (passando de 49,6% em 2010 para 50,7% em 2020). “Em 2019, o percentual de alunas matriculadas no ensino superior do Brasil é maior que o de homens em todas as faixas etárias, exceto na de 65 anos ou mais, independente da modalidade de ensino escolhida”, destaca a presidente do Semesp com base no estudo, lembrando que as áreas gerais dos cursos com maior percentual de mulheres são Educação e Saúde e bem-estar, que registram 72,3% e 71,2% de alunas, respectivamente. Já cursos da área de Engenharia e Computação possuem maior percentual de homens. “Para mim parece um contrassenso que o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina tenha sido feito pela matemática e escritora inglesa Ada Lovelace, em 1843, ainda no século 19, embora ainda estejamos distantes de muitas mulheres ocuparem o espaço de destaque que merecem nessa área”, conclui Lúcia Teixeira. |
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07/03/2022 18H05