A China já alcançou o objetivo de reduzir as emissões de carbono previsto para 2020, anunciaram nesta terça-feira (27) as autoridades do país, que atribuíram o sucesso em grante parte ao pioneiro sistema de comércio de emissões iniciado em 2011.
O representante especial da China para mudança climática, Xie Zenhua, citado pela agência estatal Xinhua, afirmou que no final de 2017 o país asiático tinha reduzido em 46% as emissões de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) com relação a 2005, alcançando antes do previsto o objetivo fixado entre 40% e 45% para 2020.
Xie afirmou que isso foi possível graças ao sistema de comércio de emissões de carbono, iniciado em 2011 pelas autoridades em sete cidades e províncias, como Pequim e Xangai.
De acordo com o esquema implementado, as empresas que produzem mais de sua cota permitida de emissões poderão comprar novas cotas não utilizadas no mercado, daquelas firmas que poluem menos.
Segundo assegurou, no final de 2017 tinham sido completadas transações no valor total de 200 milhões de toneladas de cotas de emissões de carbono por meio dessa plataforma, com faturamento de 4,7 bilhões de iuanes (US$ 748 bilhões).
Xie destacou o sucesso de uma das saídas que a China propôs para tentar controlar seus índices de poluição, além de reduzir o consumo de combustíveis fósseis e aumentar o de energias limpas.
A China, conforme o Acordo de Paris, tem que reduzir as emissões de carbono por unidade do PIB entre 60% e 65% até 2030, com relação aos seus níveis de 2005.
No final do ano passado, o governo chinês apresentou o plano para estender esse mecanismo de comércio de emissões a todo o país.
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