Repórter da Reuters - Lviv

Reuters

A Rússia enfrenta nesta terça-feira (5) a perspectiva de sofrer mais sanções ocidentais em retaliação pelas mortes de civis no norte da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu uma investigação minuciosa, dizendo que mais corpos podem ser encontrados em áreas recuperadas de invasores russos.

Moscou acusou o Ocidente de encenar as mortes para desacreditar suas tropas, negou ter cometido quaisquer atrocidades e ameaçou expulsar diplomatas ocidentais.

A Rússia retirou suas forças de cidades ao norte da capital ucraniana, Kiev, na semana passada, quando decidiu concentrar suas operações no Sul e no Leste da Ucrânia.

Vários civis mortos foram encontrados nas ruas de diversas cidades, incluindo Bucha, à medida em que as tropas ucranianas recapturavam áreas devastadas por quase seis semanas de guerra.

Imagens de uma vala comum em Bucha e de corpos de pessoas mortas com tiros à queima-roupa provocaram indignação internacional e promessas de mais sanções contra Moscou.

O presidente norte-americano, Joe Biden, pediu um julgamento por crimes de guerra contra o presidente russo, Vladimir Putin, e os EUA vão pedir à Assembleia Geral da ONU que suspenda a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da organização.

Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e aliado próximo de Putin que agora serve como chefe adjunto de seu Conselho de Segurança, disse que os relatos de assassinatos de civis em Bucha eram "falsos", com o objetivo de desacreditar a Rússia.

Moscou disse que apresentaria "provas empíricas" para uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas hoje, provando que suas forças não estavam envolvidas.