Ao todo, 140 policiais federais atuam no cumprimento desses mandados, que incluem 21 de busca e apreensão no Rio, São Paulo e Distrito Federal. De acordo com o MPF, a empresa de Machado recebia dinheiro dos fundos concomitantemente a um contrato de câmbio com empresas de fachada, pertencente a Edward Penn, operador que trabalha nos Estados Unidos.
Arthur Pinheiro Machado fez um contrato de câmbio para importação de softwares das empresas americanas de Edward Penn, mas, segundo os investigadores, essas importações eram fraudulentas. A compra seria simulada por Machado, que enviava o dinheiro para o exterior.
A partir da delação de um dos envolvidos, os investigadores puderam verificar que o dinheiro das compras era remetido para fora do país, tendo a participação dos doleiros Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, e seu sócio, Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, ambos acusados de envolvimento em operações de lavagem de dinheiro do esquema do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Eles repassavam o dinheiro depois para pessoas indicadas por Machado. A Lava-Jato aponta a conexão dos fundos de pensão com os doleiros, Juca Bala e Toni, como sendo o elo entre o esquema de lavagem já usado pelo grupo de Cabral
Juca e Toni usavam o mesmo esquema do ex-governador para pagar os gestores dos fundos, indicados por Machado.
Além de Machado, Penn, Sereno e Lyra, São ainda alvos de mandado de prisão Patrícia Iriarte, apontada como operadora do esquema junto a Machado; Adeilson Ribeiro Telles, que nfoi chefe de gabinete do ex-presidente dos Correios Wagner Pinheiro e Henrique Barbosa, da Postalis; Ricardo Siqueira Rodrigues, operador financeiro; e Carlos Alberto Valadares Pereira da Serpro.
De acordo com as investigações, os suspeitos fazem parte do esquema criminoso chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.