Uma bailarina brasileira, de 22 anos, é uma das indicadas para o prêmio internacional Benois de la Danse, realizado em Moscou, na Rússia, premiação conhecida como o “Oscar” do balé, por ser uma das mais importantes e reconhecidas do mundo.
A bailarina Amanda Moraes Gomes, de 22 anos, é de Goiás. Ela compete pela performance no espetáculo “Esmeralda”, no qual dança como solista.
O balé conta a história de uma cigana desejada por muitos homens e que é falsamente acusada de homicídio, misturando a alegria e leveza da personagem com o drama intenso e trágico que ela vive. O prêmio existe desde de 1992. A premiação ocorrerá nos próximos dias 5 e 6 de junho, no palco do Teatro Bolshoi em Moscou. Amanda
A bailarina conta que foi uma surpresa especial ser nomeada para o prêmio com as demais candidatas.
“O mais importante para mim é poder concorrer com essas bailarinas de nível altíssimo. Elas são bailarinas de classe em que eu mesma me inspiro há muito tempo. Estou ansiosa, não pelo resultado, mas para viver esse momento no Teatro Bolshoi”, contou ao G1.
Amanda é a competidora mais jovem, enquanto as demais concorrentes têm entre 28 e 38 anos. Ela está morando há quatro anos na Rússia para dançar profissionalmente e tem nove premiações internacionais. A brasileira diz que se apaixonou pela dança ainda criança.
Pai e empresário de Amanda, Zeuxis Gomes de Morais Filho, de 49 anos, conta que a filha sempre teve talento para a dança e a nomeação é o reconhecimento do trabalho que ela desempenha desde os 7 anos. Segundo ele, a jovem investe e se destaca na carreira desde criança.
“Ela começou fazendo aulas de dança aqui em Goiânia e, aos 9, uma companhia de São Paulo a chamou. Mas só nos mudamos daqui quando ela tinha 10 anos e fomos para Santa Catarina, já que ela passou na seleção do Balé Bolshoi do Brasil. Foi uma das 40 escolhidas entre 120 mil concorrentes. Ela concluiu o curso com 16 anos e desde os 18 está no Balé e Ópera de Kasan, na Rússia”, contou.
Contente, ele diz que toda a família comemorou a indicação dela para o prêmio de melhor bailarina no Benois de la Danse.
“Receber uma indicação desse porte é gratificante demais. No nosso país há ainda grande dificuldade de reconhecimento, mas ela já recebeu nove prêmios internacionais e desde os 13 recebe convites para dançar no exterior”, afirmou.
“Temos muito orgulho. A gente sabe o quanto ela se esforça para chegar aonde ela chegou. Ela conquistou tudo isso”, completou.