Alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das escolas Mário de Almeida Alcântara e Leonardo Nunes vão se reunir nesta quarta-feira (11), às 14h, na Secretaria de Educação para trocar experiências sobre o projeto de computação física Box Maker, que ensina sobre tecnologia e desenvolve a criatividade, o raciocínio, pensamento coletivo e a concentração. As aulas são realizadas durante o ano, semanalmente, das 18h às 18h45.
Graças à iniciativa, conteúdos dados em sala de aula são assimilados com mais facilidade, como física e matemática, por exemplo. Todos os conceitos, como fio terra, fonte de alimentação, sensores e resistores, são para que os participantes possam utilizar o arduíno, uma placa de programação. Com este material e utilizando um software específico, é possível elaborar um projeto mais complexo.
O campo da computação física engloba todas as disciplinas que permitem construir equipamentos digitais de computação que interagem com e respondem à realidade física analógica que os rodeia, usando software e hardware para este fim.
PROJEÇÃO ESTADUAL - Em março último, o projeto ganhou destaque estadual ao participar do 2º Festival de Invenção e Criatividade (FIC), na Escola Politécnica da USP (Cidade Universitária/Campus Butantã), em São Paulo, dentro da 16ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Dois representantes do projeto, os alunos Matheus Silva da Paixão Santos, 16, e Rennerick Santos da Silva, 18, da unidade Mário de Almeida Alcântara, apresentaram um minirrobô que anda, feito de material reciclado - papelão, garrafa PET, copo plástico, embalagem de cápsulas de café, palito de sorvete, botões de teclado de computador, cola e papel machê.
A professora responsável pelo desenvolvimento do projeto, Kelvia Ronqui, explicou que o robozinho foi batizado de 'Sejinha', em referência à Seção de Educação de Jovens e Adultos (Seja), uma vez que o projeto inclui 30 alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) Digital das unidades Mário de Almeida Alcântara e Leonardo Nunes. “Foi uma seleção rigorosa de projetos. Houve participação do ensino médio e 90% das escolas eram particulares”.
PROJETOS – Matheus quer desenvolver um mapeamento em áreas de risco dos morros e possíveis intervenções para avisar a tempo a Defesa Civil, usando sensores e o arduíno. “Moro no Morro São Bento e pensei em fazer este projeto até o final do ano para apresentar no próximo FIC”. Além disso, quer estudar inglês por ter percebido durante o evento a importância da língua para se aprofundar no assunto. Já o colega Rennerick tentará fazer um projeto de segurança em área metropolitana. “Ainda estou pesquisando e vendo o que posso realizar. Mas a ida ao festival foi demais, me estimulou muito a estudar e a me aprofundar”.