Projeto desenvolvido na Cidade foi reconhecido na cerimônia oficial de premiação da 13ª Bandeira Azul à Praia do Tombo, na tarde desta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro    


Na cerimônia que oficializou o 13° selo internacional de qualidade Bandeira Azul à Praia do Tombo, Guarujá conquistou também um segundo reconhecimento significativo: o 1º lugar no Concurso de Melhores Práticas Ambientais 2022, com o projeto Areia Viva, que monitora a qualidade sanitária da areia de 10 praias da Cidade. As boas notícias foram anunciadas no Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (11), pela Foundation for Environmental Education (FEE), uma Organização Não Governamental (ONG) com origem na Dinamarca, responsável pelas certificações em todo o mundo.


Agora, Guarujá possui não apenas a praia mais antiga da América do Sul em cerificações Bandeira Azul consecutivas, como também o único título em território brasileiro por uma iniciativa inovadora, deixando para trás quase 60 praias Bandeira Azul em países como a Colômbia, Argentina, Chile e África do Sul. Isso porque o Projeto Areia Viva une Parceria Público Privada (PPP) que envolve a Prefeitura, universitários e a comunidade, visando o monitoramento da qualidade de 10 das 27 faixas de areia do Município até dezembro de 2024.


O secretário adjunto de Meio Ambiente de Guarujá, Cleiton Jordão, recebeu as premiações com entusiasmo. Ele destacou que o reconhecimento inédito chancela um trabalho feito por várias mãos. “O projeto é inovador e nasceu da vontade do Município de gerir seu patrimônio ambiental e envolver a sociedade civil organizada na proteção desse patrimônio” comemora.


O resultado faz o prefeito Válter Suman enxergar um novo momento de Guarujá e suas políticas voltadas à sustentabilidade. “O Bandeira Azul é um projeto reconhecido no mundo inteiro e muito ligado à temática turística, que Guarujá começou a desenvolver há 13 anos e vem mantendo desde então. Agora, com o projeto Areia Viva, Guarujá reinventa o Bandeira Azul, com uma roupagem também de educação ambiental, o que reforça o trabalho de sucesso desenvolvido no setor”, ressalta. 

 

Projeto é uma parceria entre Prefeitura, Unifesp e condomínios


O Projeto Areia Viva é fruto de um estudo desenvolvido pela Semam e o Instituto do Mar – Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista da (Imar/Unifesp). Entretanto, também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e de condomínios da Área de Preservação Ambiental (APA) Serra do Guararu.

 

A qualidade sanitária e a movimentação natural da areia são os principais fatores observados na pesquisa. Estão sendo monitoradas as praias urbanas do Tombo, Guaiúba, Enseada, Astúrias e Pitangueiras, além de outras cinco dentro da APA Serra do Guararu: Iporanga, São Pedro, Tijucopava, Taguaíba e Prainha Branca.

 

Durante o período de monitoramento, pesquisadores e estudantes vão às praias quinzenalmente para coletar amostras de areia – os resultados obtidos a partir das avaliações periódicas não determinam se as praias estão próprias para uso. A análise do material é realizada no laboratório implantado na Escola Municipal 1° de Maio (Avenida Adriano Dias dos Santos, 611, Jardim Boa Esperança, Vicente de Carvalho), exclusivamente para esse fim.

 

Capacitação acadêmica

Uma das estratégias para ampliar o projeto Areia Viva e estimular os apaixonados por ciências biológicas é incluir os acadêmicos. Por isso, a iniciativa reserva três bolsas de estudos, no valor de R$ 500,00 para destinar aos selecionados do último período do curso técnico de Meio Ambiente com ênfase em Química, da Escola Municipal 1° de Maio. O valor corresponde a quatro horas de trabalho, em cinco dias da semana.  

 

Inédita, a ação possibilita que os estudantes concluam a formação técnica com uma importante iniciação científica no currículo. Além de, na prática, serem capacitados para a realização de análises microbiológicas.