SANTOS
14/11/2022 09H48
Buscar formas de saber como o grêmio estudantil que participa pode atuar de forma mais eficaz para o bom funcionamento da sua escola foi um dos motivos que levaram a estudante Lorena Roberta, de 14 anos, a participar da 12ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santos, realizada nesta sexta-feira (11) no Campus Unimonte da Faculdade São Judas, na Vila Mathias.
Aluna do 9º ano da UME Judoca Ricardo Sampaio Cardoso, no Caruara, Área Continental, Lorena também se mostra interessada na manutenção de sua escola e também em fatores extracurriculares como a preservação das áreas de lazer do bairro. "Muitos vivem da pesca de caranguejo e, por isso, as questões ambientais também merecem uma atenção especial".
EVASÃO ESCOLAR
Esta edição da conferência assumiu uma importância maior porque usualmente é realizada a cada dois anos, mas a última ocorreu em 2018 por conta do período de maior restrição da pandemia de covid-19. Foram eleitos 149 delegados, sendo 82 titulares e 71 suplentes.
Ver os reflexos da pandemia, especialmente em questões como a evasão escolar, passa a ser uma das principais questões a ser observada pelos delegados eleitos no evento, segundo explicam Alessandra Franco, chefe do Departamento de Articulação (Dearti) da Prefeitura de Santos e vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santos, e Edmir Santos Nascimento, delegado, representante da Pastoral do Menor.
"A questão da evasão escolar passa a ser uma pauta fundamental para estes delegados" atesta Alessandra Franco. "Como ficou a alfabetização delas na pandemia?", indaga ela.
Segundo Edmir, a participação das crianças, de 5 a 18 anos incompletos, na conferência "é um estímulo para elas serem protagonistas, reivindicarem seus direitos e participarem mais de espaços de discussão, como os grêmios estudantis e conselhos municipais. É uma forma de deflagrar interesse pela política pública".