Presidente eleito, Lula poderia viajar com sua mulher em avião da FAB para a COP 27, no Egito, mas preferiu o jato Gulfstream 600 de José Seripieri Filho, bilionário dono da Qualicorp, gigante dos planos de Saúde. Seripieri fez outras “bondades”: injetou dinheiro na campanha do PT. Foram R$660 mil no diretório nacional, R$500 mil para Lula e outros R$300 mil para Thainara Faria, vereadora que virou deputada. A jogada de Seripieri deixou o mundo do lobby com inveja: ele garantiu viagem com Lula, com moral para tratar de assuntos, digamos, do seu interesse.
Cafezinho
O PSD também levou um troco do empresário: R$400 mil para o diretório nacional. “Pouco” perto do R$1,46 milhão que o PT ganhou.
Da água para o vinho
Apesar dessa “generosidade” em 2022, o TSE não registrou nada de doação no CPF de Seripieri no pleito de 2018, sem Lula.
Já te vi
Junior, como é conhecido, teve delação homologada na Justiça por suposto esquema de Caixa 2 na campanha de José Serra de 2014.
Palocci
O empresário também teve conversa gravada com Pedro Palocci, que acabou usada por seu irmão, Antônio Palocci, na Lava Jato.
Retaliação do STF nos EUA esbarra na Constituição
No Supremo Tribunal Federal (STF), é dada como certa uma retaliação às manifestações de hostilidade contra seis ministros que foram a Nova York. A ideia é processar manifestantes. Se a ação correr por lá, os ministros do STF terão de esperar que a Suprema Corte faça o que o Brasil tem feito: suspender ou relativizar o direito à livre expressão. Mas, lá, o respeito ao direito do cidadão é levado muito a sério. Há 235 anos.
Caçada no Brasil
Juristas acham que são modestas as chances de processo do STF nos EUA, por isso a caçada aos brasileiros deve ser a partir do Brasil mesmo.
Vale a lei local
Muitos dos manifestantes desdenham das ameaças do STF. Radicados nos EUA, eles se sentem protegidos pela legislação local.
Vídeos ilegais
Esquema de segurança contratado nos EUA estaria gravando vídeos para identificar manifestantes, o que, segundo eles, seria ilegal.
Poder sem Pudor
Feios de doer
Nascido em Guapé (MG), Passos Maia foi eleito “senador estadual” várias vezes, na República Velha. Os amigos e depois os inimigos, só de gozação, exageravam dizendo que era o político mais feio de Minas. Ele não ligava. Certa vez bateram à sua porta, Maia atendeu. Mandou o homem entrar e sentar. Pediu licença, foi lá dentro e voltou com uma medalha na mão: “Isso é seu, agora. Ganhei no Senado, como ‘prêmio’ por ter sido o sujeito mais feio que passou por lá. Mas agora vejo que o senhor merece o prêmio.” E despachou o homem, apenas um vendedor de livros. E feio de doer.
Si, pero non mucho
Sem querer, o ministro Luís Roberto Barroso acabou confirmando, em discurso nos Estados Unidos, que há ativismo judicial por parte de ministros do Supremo Tribunal Federal, mas são “raríssimos casos”.
Vade retro
As especulações sobre nomes para o Ministério da Fazenda de Lula dão ao mercado a certeza, cada vez mais evidente, que “Lula 3”, referência ao terceiro governo do petista, não passará de um repeteco de Dilma.
Realidade paralela
Um experiente deputado observou que os ministros do STF hostilizados em Nova York vivem em uma “realidade paralela”, achando que podem circular livremente, inclusive no exterior, após o protagonismo que fizeram questão de assumir na derrota de Jair Bolsonaro.
Sob pressão
Os ministros do STF não têm sossego em Nova York. Nesta segunda-feira (14), foram almoçar no restaurante The Modern, perto do MoMa, o museu de arte. A calçada logo ficou lotada de brasileiros revoltados.