A desistência de Jofran Frejat (PR), que liderava as pesquisas, e as interferências do ex-governador José Roberto Arruda, fragmentaram o grupo político, que agora tem três candidaturas para o governo de Brasília: Ibaneis Rocha (MDB), Rogério Rosso (PSD) e Alberto Fraga (DEM), além de Eliana Pedroa (Pros), que pertence ao mesmo campo político.
Era tudo o que desejava o atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que apesar da rejeição recorde de quase 70%, aferida pelo instituto Paraná Pesquisas, ganhou a chance de reeleição. Alguém desavisado poderia até concluir que Arruda, a quem Frejat chama de “Diabo Verde”, estaria a serviço de Rollemberg.
A candidatura de Fraga foi definida na madrugada desta terça-feira (31), após uma longa reunião em que Ibaneis Rocha se recusou a cumprir o mais recente script definido por Arruda.
Depois de tentar controlar a campanha de Frejat, impondo-lhe um vice da sua escolha, e de concretizar as candidaturas de Rosso e de Izalci Lucas (PSDB), Arruda quis virar a mesa do MDB fazendo de Fraga o candidato ao governo, com Ibaneis de vice. Arruda alegou, na reunião, que Fraga é quem melhor defende o seu “legado”. A vice será a mulher dele, Flávia Arruda (PR), que sempre foi o objetivo do ex-governador destituído do cargo pela Operação Caixa de Pandora, em 2009, acusado de corrupção.
O ex-presidente da OAB/DF não aceitou as exigências do ex-governador, até porque conta com o apoio de três partidos, somando mais de 4 minutos e com 50 inserções diárias na TV.