Um grupo de estivadores procurou a diretoria do sindicato, na tarde desta
segunda-feira (6), e propôs a instalação de uma barraca de protesto
permanente na calçada da Rua Amador Bueno, 333.
Nesse endereço fica a sede do sindicato patronal dos operadores portuários
do estado de São Paulo (Sopesp). Segundo o diretor social e de imprensa do
sindicato, Sandro Olímpio da Silva ‘Cabeça’, o protesto é contra a
“intransigência” do Sopesp.
“Além de encerrar as negociações da campanha salarial da data-base de março
com o sindicato”, reclama o sindicalista, “os patrões travaram também a
passagem de cadastrados para o registro no Ogmo”. A barraca ficará no local
por tempo indeterminado.
Os estivadores já mantêm, há duas semanas, uma barraca diante da sede do
Ogmo, na Avenida Conselheiro Nébias, 255, incialmente montada pela passagem
do cadastro para o registro, mas agora também em protesto contra a
inflexibilidade patronal nas negociações da data-base.

Greve
Na sexta-feira (3), Sandro oficiou ao Sopesp e propôs reabertura das
negociações: “Se as empresas não sinalizarem com o diálogo, a categoria
debaterá greve por tempo indeterminado em todo o porto”, diz ele.
Os mais de 5 mil estivadores ficaram sem atuar nos quatro terminais de
contêineres desde a manhã de quarta-feira (1º) e retornaram ao trabalho às 7
horas de sábado (4).
A assembleia da categoria está em caráter permanente e pode ser convocada a
qualquer momento. O sindicato reclama que os empresários suspenderam as
negociações na semana retrasada.

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