A Polícia Federal apreendeu celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid foi preso na operação. Outros dois seguranças do ex-presidente também teriam sido presos.
A PF apura se a carteira de vacinação de Bolsonaro sofreu adulteração. A falsificação teria sido para que o ex-presidente e a equipe pudessem se deslocar por locais que exigiam a vacinação contra Covid-19, como os Estados Unidos. De acordo com a Polícia Federal, informações falsas foram inseridas entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
Na operação, a Polícia Federal cumpre, em Brasília e no Rio de Janeiro, 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva .
Diz a PF em nota que “os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores“.
A operação recebeu o nome de Venire, que deriva do princípio “Venire contra factum proprium”, que significa “vir contra seus próprios atos”, “ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos”. É um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.