O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, está de mudança para Brasília, onde inicia oficialmente o trabalho no dia 1º de janeiro. Mas ele não vai deixar no Rio de Janeiro o que chama de seu “nobre amigo”: o general tem imenso apego ao cavalo Ídolo, que costumeiramente monta na capital fluminense.
O apego de Mourão por Ídolo é tão grande que o cavalo embarca nesta quinta-feira (27) para Brasília, rumo ao Regimento de Cavalarias de Guardas (RCG), do Exército Brasileiro, em Brasília.
O general é torcedor do Flamengo, cuja camisa ostenta em foto montando Ídolo. Apesar da fama de militar duro, Mourão é reconhecido no Exército por suas qualificações. Ele é especialista em orçamento e fala outros idiomas. Durante a campanha presidencial, ele atuou como uma espécie de porta-voz de Jair Bolsonaro em entrevistas a jornalistas estrangeiros.
De ascendência indígena, Hamilton Mourão é filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão e de Wanda Coronel Martins Mourão (ambos amazonenses). Ingressou no Exército em fevereiro de 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) centro de excelência do Exército, considerada uma espécie de West Point brasileira.
Em seguida obteve cursos de formação, de aperfeiçoamento, de altos estudos militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, além dos cursos básico paraquedista, mestre de salto e salto livre, também possui o curso de guerra na selva.
Durante sua vida militar, foi instrutor da das Agulhas Negras, cumpriu Missão de Paz em Angola e foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela. Comandou o 27° Grupo de Artilharia de Campanha em Ijuí (RS), a 2.ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira e a 6.ª Divisão de Exército, em Porto Alegre.
Foi Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército e, ao ser promovido ao último posto, comandante Militar do Sul, entre 28 de abril de 2014 e 26 de janeiro de 2016. Na sequência, chefiou a Secretaria de Economia e Finanças, de onde foi destituído em 9 de dezembro de 2017. Na época, a sua destituição foi associada ao teor de suas declarações durante palestras que ministrava em Clubes do Exército ao redor do país. Deixou o serviço ativo em 28 de fevereiro de 2018, sendo transferido para a reserva remunerada