O Supremo Tribunal de Justiça de Portugal arquivou de maneira definitiva o caso de extradição de Raul Schmidt, apontado pela Lava Jato como operador de propina da Petrobras. A decisão foi tomada por unanimidade.
No Brasil, duas ações penais contra Schmidt por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro esperavam o resultado do processo de extradição do operador.
Segundos as investigações da Lava Jato, o valor intermediado pelo empresário é de US$ 200 milhões. Schmidt teria atuado usando contas bancárias em nome de empresas offshores na Suíça, Mônaco, Inglaterra, entre outros países.
“A Defesa sempre alertou os representantes do Governo Brasileiro que estes últimos recursos eram protelatórios e que a contratação de escritórios em Portugal, bem como as viagens para cuidar do caso, apenas significavam desnecessário gasto para o contribuinte brasileiro”, afirmou o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que faz a sua defesa. “O Judiciário Português demonstrou sua independência e seu respeito à Constituição.”
A condição de português nato garantiu a permanência de Schmidt em solo português, já que a constituição portuguesa não permite a extradição de cidadãos natos.
A extradição de Schmidt chegou a ser concedida, quando ele ainda era considerado apenas português naturalizado. No entanto, em maio do ano passado, o governo brasileiro perdeu o prazo de 45 dias para efetivar a extradição.