Em relatório anunciado no ano de 2022, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) revelou que 3,5 bilhões de pessoas, o equivalente 45% da
população mundial na época, sofriam de problemas dentários.
Uma das formas mais comuns de tratamento bucal é o
alinhamento, que consiste em técnicas ortodônticas destinadas a corrigir
apinhamentos dentários, desvio de linha média e má oclusão (mordidas erradas),
além de fazer com que os dentes apresentem uma aparência esteticamente
agradável.
Não realizar esse tipo de tratamento pode fazer com que
alguns problemas de saúde piorem, causando, por exemplo, desequilíbrios na
mordida, por afetar diretamente a maxila e a mandíbula, sendo vistas como,
respectivamente, a parte superior e a inferior da arcada dentária.
Além de afetar os dentes, que podem se desgastar até o
estágio em que o estrago é irreversível, a falta de cuidados com o estado da
mordida pode acarretar em fortes dores de cabeça, por poderem gerar grande
tensão muscular, o que resulta nas dores, por má dicção e problemas na
respiração. Nestes dois casos, tudo acontece pois o ar passa entre dentes e
eles possibilitam que formemos as palavras, o que força um uso maior do ar
respirado para os sons, gerando a necessidade de mais inspirações e expirações.
De acordo com a ortodontista Bárbara Jordão, “Para fazer o alinhamento dos dentes, são
utilizados diversos recursos ortodônticos, que visam movimentar os dentes até
que eles estejam na posição esperada. Nesse cenário, é possível recorrer às
mais variadas opções, como aparelhos fixos, removíveis e placas alinhadoras,
por exemplo. No caso dos aparelhos, eles são instalados com o objetivo de
transformar o sorriso, deixando-o harmonizado com o rosto do paciente. Além
disso, um tratamento bem conduzido não causa nenhum prejuízo biológico aos
dentes ou gengivas. O tratamento ortodôntico pode ser associado com outras
especialidades, como a prótese ou o implante”.
Como citado pela especialista, no final do tratamento, o
sorriso deve estar harmonizado com o sorriso da pessoa, o que causa,
concomitantemente, uma melhora na saúde mental, por meio da autoestima elevada
que o resultado pode trazer.
Além de permitir um sorriso mais condizente com o padrão
esperado pela sociedade, algumas ferramentas também facilitam a melhora da
autoestima com o modo usado para fazer o alinhamento. Uma das formas mais
conhecidas hoje em dia é o alinhador “invisível”, que permite ao paciente
passar a impressão de que os dentes estão sendo ajustados, mas sem a
notabilidade de que há algo na boca.
“Os modelos usados
pelas pessoas hoje em dia são muito variados. Quando o paciente chega, e pede
que seu sorriso seja alinhado mas tem receio de como ficará sua aparência, o
ortodontista tem a possibilidade de oferecer algumas saídas. O mais conhecido,
hoje, talvez seja o Alinhador Ivisalign, mas podemos apresentar outros modelos,
como o aparelho fixo estético, que, diferente do Alinhador, utiliza bráquetes
cerâmicos que se assemelham à tonalidade dos dentes, tornando o tratamento mais
estético”, complementa Bárbara, especialista na área e em procedimentos
estéticos na face.
Portanto, além da saúde bucal, o alinhamento é capaz de
melhorar a saúde mental das pessoas, o que gera bastante preocupação,
principalmente em tempos de mídias sociais e em pacientes mais jovens. Mesmo
assim, a busca por um especialista se torna necessária em casos de dores nas
articulações, dores nos músculos mastigatórios, problemas com o bruxismo,
desgaste nos dentes, perda da estrutura dentária associada ao estresse
mastigatório e amolecimento dos dentes, entre outros.