O ministro Sérgio Moro (Justiça) afirmou esta manhã que é muito cedo para tratar de sua eventual indicação para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), com dois anos de antecedência.
“Eu nem sei se quero ser ministro do Supremo”, disse ele nesta manhã (22), em resposta a pergunta do jornalista Cláudio Humberto, em entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, “e nem sabemos se a indicação será realmente feita”, disse ele, chamando atenção para o lapso de tempo.
Também participam do Jornal Gente, programa líder no horário, os jornalistas José Paulo de Andrade, Thaís Herédia, Rafael Colombo e Pedro Campos, sob a direção de Thays Freitas. O ministro foi entrevistado por mais de meia hora, falando sobre manifestações, Coaf, condenação do ex-presidente Lula etc.
Moro reafirmou que sua indicação ao STF não foi produto de qualquer acerto ou condicionamento. Ele disse que agradeceu a gentileza do presidente Jair Bolsonaro, mas pondera que ele se sente devedor dessa indicação, em reconhecimento à sua decisão de abrir mão de 22 anos de magistratura, com todas as vantagens, inclusive aposentadoria integral, para aceitar o convite de assumir o Ministério da Justiça.
Sérgio Moro também confirmou a decisão do governo de fazer alterações no decreto de Bolsonaro, no início do mês, ampliando as possibilidades de posse de armas em todo o País. Entre outros pontos, “não será conferido o porte de arma de fuzis, carabinas, espingardas ou armas ao cidadão comum”.
As modificações, publicadas na edição desta quarta do Diário Oficial da União, foram motivadas por “questionamentos feitos perante o Poder Judiciário, no âmbito do Poder Legislativo e pela sociedade em geral”, mas não alteram a essência do decreto original.