Ex-ministro petista dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci teve a terceira delação premiada homoloagada pela justiça.
Dessa vez, o acordo foi fechado com a força-tarefa do Ministério Público Federal do Distrito Federal, no âmbito da operação Greenfield, e homologada pelo juiz federal Vallisney de Oliveira.
A nova colaboração diz respeito a desvios de recursos de fundos de pensão e, em princípio, não inclui nenhuma negociação de redução de pena. O benefício só poderá ser considerado se a justiça entender que as informações prestadas foram confirmadas.
Palocci já prestou depoimentos anteriores sobre desvios em fundos de pensão. O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff, relatou, em 26 de junho de 2018, supostas irregularidades envolvendo Lula e Dilma.O teor dos depoimentos do ex-ministro segue em sigilo, mas as informações podem servir como base para novas linhas de investigação.
“Antes de ele [Lula] ser candidato a presidente naquela campanha vitoriosa de 2002, é quando pela primeira vez o PT elege um representante na Previ, portanto, o PT não era governo, mas havia eleito um representante da Previ dos funcionários. E quem procura o presidente para procurar uma interferência nesse fundo é Emílio Odebrecht, em nome da Braskem, que tinha sociedade com os fundos de pensão e estaria tendo por parte desse representante do PT muitas dificuldades. Então, ele nos pede para interferir nisso. Esse foi evento mais antigo de atuação que eu conheço dos políticos do PT em relação a fundo de pensão”, contou Palocci aos procuradores da República.
Ainda de acordo com o ex-ministro, Dilma agia como Lula na época em que comanda a Casa Civil, antes de ter sido eleita presidente da República.
“Em relação aos fundos, ela foi igual ao presidente Lula, ela insistia, inclusive, usava muito que aquilo era uma ordem do presidente Lula e ela fazia reuniões com os fundos na Casa Civil e forçava a barra pros fundos investirem”, declarou o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil.