Agência Brasil Brasília
O presidente Jair Bolsonaro acompanha pela televisão, diretamente de seu gabinete, no Palácio do Planalto, a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. A informação foi dada pelo porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, durante entrevista com jornalistas no fim da tarde de hoje (10). Neste momento, os parlamentares discutem o texto principal da proposta, que deve ser votad, em primeiro turno ainda na noite desta quarta-feira.
Além de assistir à sessão plenária ao vivo, o presidente mantém contato telefônico permanente com os líderes do governo no Legislativo. São os deputados Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara, e Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso. Ao final da votação, Bolsonaro deve se pronunciar sobre o resultado no Twitter.
"O presidente vem acompanhando também, por meio de contato com seus líderes, e esses líderes avançam ao presidente as negociações que estão sendo consignadas e lideradas pelo [presidente da Câmara] deputado Rodrigo Maia [DEM-RJ]. Desta forma, o presidente vem sendo abastecido de informações e, como eu disse, tem a esperança de que, no prazo mais curto possível, já tenha firmado, pelo menos em primeiro turno desta votação da Nova Previdência", disse Rêgo Barros.
Foi mantendo esses contatos que o presidente soube de uma articulação entre líderes partidários para flexibilizar regras de transição para policiais federais e rodoviários federais na reforma. O destaque ao texto principal, no entanto, ainda não foi analisado. "O presidente foi cientificado. (...) De fato, esse movimento em prol dos policiais federais, ele está a ser analisado por aquela Casa, mas o presidente reforça que o mais importante é a aprovação da Nova Previdência dentro de um contexto maior, que é de apoiar a sociedade e, neste apoio à sociedade, alavancar economicamente o nosso país".
Perguntado sobre uma possível reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, caso ela avance para o Senado, o porta-voz do governo enfatizou que essa decisão cabe ao Congresso e que o presidente não deve investir nessa articulação.
"O presidente já deixou claro que essa questão de estados e municípios é, neste momento, da alçada do Congresso Nacional, em especial da Câmara. Ele não vai tecer comentário ou vai colocar seu poder, como gerente do Executivo, nessa questão", acrescentou Rêgo Barros.